terça-feira, janeiro 05, 2010

Argh! Irc! Urgh!



Num quarto, sem ar condicionado, o mais normal é deixar a janela aberta. Agora, quando você percebe que, junto da brisa, pode vir baratas, você logo muda de ideia e prefere o suor do verão.

A minha pacata noite, atrás da tela do laptop, foi interrompida por um inseto. Na minha singela opinião, muito mais do que um inseto. Eu estava deitada no lençol branco do meu sofá-cama, quando, de repente, eu vejo algo preto andando velozmente ao meu lado. Imediatamente, pulo da cama e dou um berro. E confirmo: é uma barata! Daquelas cascudas, com antenas de 10 centímetros - de dar medo. Minha avó logo acorda. Quer saber o que está acontecendo às 12h30am desta terça, 05. Uma palavra resume tudo: BARATA!!! Em questão de segundos, estamos armadas. Eu com o baygon. Vovó com baygon e vassoura. A maldita entrou debaixo do sofá-cama. Enquanto vovó optou pela estratégia de spraiar até a cascuda morrer, eu puxo e empurro o sofá-cama para, enfim, atacá-la. Numa hora, a safada sai. Vovó me avisa:
"Cuidado! Vem pra cá!"

Eu, sem óculos e meio desligada, tento seguir as orientações de minha avó. A danada fugia de mim, quando vovó assumiu, por definitivo, as rédeas da situação. Matou a danada e eu fiquei encarregada de jogá-la na privada. Para me certificar de que ela foi embora de vez, eu dei 4 descargas. Lá em casa, quem faz o papel do “homem” é minha irmã. Mamãe e eu fazemos o da “mulherzinha” com os gritinhos. Acho que fiz o papel da “mulherzinha” de novo.

Nunca que eu imaginei ver uma barata na minha cama. Realmente não dá para dormir mais naquele quarto. Não digo isso por causa do cheiro, mas, cara, uma barata na minha cama! Imagina quantas podem ter passado enquanto eu estava dormindo. Quer dizer, se eu tivesse dormindo, eu nunca saberia. E eu preferiria nunca saber disso.

Certo dia, encontrei uma barata na minha escova de dente. Mal consegui olhar. Puta que pariu! Aquela cena, apesar da barata não ser grande, me marcou. UMA—BA-RA-TA—NA—MI-NHA—ES-CO-VA—DE—DEN-TE! Imagina se eu não tivesse visto isso e tivesse escovado o meu dente com aquela escola. E quem disse que eu não vi? Eu vi naquele dia. Com certeza isso aconteceu noutros dias também! Moral da história: eu escovei os meus dentes com uma escova que tinha resíduos de bosta e tudo aquilo que fica no esgoto. Cacete! Naquele dia, eu ignorei a barata. Aquilo foi muito forte para os meus olhos, tive de me retirar. Mais tarde, sem a barata em vista, joguei a escova fora.

Sabe, deviam mudar aquele adesivo que fica no lado de fora dos ônibus. Na verdade não são só os motoristas e os cobradores que andam de ônibus gratuitamente. As baratas também andam. Creio que ela seja a primeira a chegar. Embarque na garagem e, às vezes, nem há um desembarque.

Sempre vejo baratas nos ônibus públicos do Rio. Em todas as companhias nas quais andei, já as encontrei. Sempre ela num canto e eu noutro. A única situação que fugiu dos limites aconteceu quando fiquei paranóica, achando que tinha uma nas minhas pernas, braços, cofrinho, mochila... A sensação de achar que uma barata pode estar andando no meu corpo ou nas minhas coisas é péssima. Saí e fui andando.

Depois dessa última, eu espero que elas demorem bastante tempo para aparecer. Argh, bicho nojento!