Hoje eu levei dois tapas na cara. Da minha mãe. Não doeu, não doeu porque sei que de nada tenho culpa. Foda-se ela e suas desculpas para ser a dona da razão, para poder se firmar como mãe, como autoritária. Foda-se. Nunca terá voz suficiente para controlar uma família, muito menos a mim.
Se o moço da NET vem por causa do meu decodificador quebrado, por que ela tem de ficar com o controle remoto antigo? Por que eu não posso ficar com os dois? Agora é assim, sem mais ou menos, sem objetivo, ela decide o quê. Depois de passar um dia dormindo no quarto de minha irmã, arrumando-o para voltar ao meu, ela, ELA desliga a luz. Acendo novamente e continuo a fazer a cama. ELA desliga a luz de novo. Reclamo. E ELA desliga a luz novamente, qual é o problema? Quer mostrar seu poder, querida? Qual o porquê de precisar se firmar tanto? Não chefia uma equipe no trabalho, não? Deve ser por isso que Cristina nem parece ser irmã do mesmo casamento; vive longe. Sobra pra mim, que tenho de tentar ter sangue frio. Até ao levar tapas na cara - e não revidar. Ou sou covarde. Apanhar eu posso. Não posso é revidar, ou sou a covarde que é a mais forte e bate na mãe. De tudo o que aconteceu e acontece em todos os meus 18 anos, o mais revoltante é vê-la pegar imediatamente o telefone e ligar para meu pai, minha avó, namorado dela; todos, acompanhada de choro, no papel de vítima.
- Ai, leva a Gabriela daqui. Ela tá atacada de novo!
É, acho que não vou ter filhos mesmo. Para não virar uma mãe como a minha.
domingo, abril 24, 2011
domingo, abril 10, 2011
matéria-prima
texto na pressa, sem revisão. acrescentar detalhes depois.
gustavo franco:
1. procurei telefones no telelistas. > consegui dois números > que não deram em nada.
2. contatos de jornalista 1> deram em nada.
3. contatos de jornalista 2 > eram de sampa > consegui falar, mas assistente dele não estava no escritório > retornei > assistente não me garantiu 100% > pedi para mandar perguntas por e-mail > professor de cinema faltou, então corri para o computador > recebi resposta em menos de duas horas.
Começar o trabalho na quarta (6) já com a resposta de Gustavo Franco foi um gás. Busquei as últimas informações que faltavam e consegui falar com o Ewald, sugestão de meu pai, mas quem conseguiu contato fui eu. Langoni, que era meu plano C e com quem falei rápido na terça, não atendeu minhas ligações. Estava feliz com plano A e B de especialistas 100%. Desde o momento em que recebi a pauta até o momento em que fechei a matéria, houve diversas mudanças. Por exemplo, quando recebi, pensei somente em restaurantes e comidas. Bleeeeeeeec. Campus é muito mais que isso! E eu fui percebendo aos pontos. Tive pontos altos, como quando me lembrei da página contra o aumento do estacionamento. É sempre bom integrar a internet, cara.
Incrivelmente, até mesmo na quinta-feira (7), dia da entrega, eu modifiquei o texto. Saí de casa para autoescola, pois no dia seguinte teria prova prática, e, ao chegar na PUC 12h00, lá fui eu modificá-lo mais um pouco. Descobri grosseirices, como "despeza", e paguei R$ 1 para uma nova impressão. Na entrega, algo que eu nunca imaginaria....
- Oi, tudo bem? Queria falar com o Carauta?
- Certo, vou ver se ele está.
(...)
- Oi.
(...)
- E a carteira de trabalho, tudo certo?
- Fui lá na segunda-feira de manhã. Deixa eu ver se anotei a data para buscar.
(agcc olha no calendário no celular)
(Carauta lê de leve matéria)
- É, eu não anotei, não. Mas antes da Páscoa, com certeza.
- Como você conseguiu Gustavo Franco?
(sorriso no rosto)
- Ah, eu sou muito pidona. Pedi até para gente que não conheço, rs.
- Você passou.
- Ah? Eu sou estagiária do Portal PUC-Rio?!
- Sim.
- Nossa, mas você não vai ler? (risos) Nossa, preciso falar com meus pais.
- Amanhã você passa aqui, e a gente se fala.
- Claro, a que horas?
- Não precisa chegar mais cedo amanhã, não.
- OK. :)
Depois...
Ligação para papai, que não me atende. Falei com mamãe e vovó. Chorei. Papai me liga estressado. Eu não conto. Conto para Cris e amigas. Yey!
sábado, abril 09, 2011
Contraste de gerações
Sábado, dois dias depois de eu anunciar que consegui o estágio no Portal PUC-Rio. Ao telefone com minha avó, de 73 anos.
– Oi, Bi
– Oi, vó
(...)
– Então, Bi, eu não entendi direito. Sua mãe me disse que você vai ganhar dinheiro!
– Fui eu quem te disse isso. E sim, é um estágio no Portal PUC-Rio, eu ganho para isso.
– O que é Portal PUC-Rio?
– É um portal.
– Vai sair impresso onde? Eu posso ler? O que é um portal?
– É um site, você pode ler lá.
– Ah, é um blog.
– É um site, não é um blog.
– Igual ao da Megazine?
– Lá era um blog, agora é um site, onde eu vou estagiar, com carteira assinada.
– Ah, é um emprego? E o que você vai fazer?
– Não, é um estágio. Vou escrever, fazer matérias para lá.
– Ah, então eu vou entrar agora.
– Pera, eu ainda não comecei a estagiar. Ainda preciso conversar com o meu chefe.
– Tá, depois me avisa para eu ler.
(...)
– Oi, Bi
– Oi, vó
(...)
– Então, Bi, eu não entendi direito. Sua mãe me disse que você vai ganhar dinheiro!
– Fui eu quem te disse isso. E sim, é um estágio no Portal PUC-Rio, eu ganho para isso.
– O que é Portal PUC-Rio?
– É um portal.
– Vai sair impresso onde? Eu posso ler? O que é um portal?
– É um site, você pode ler lá.
– Ah, é um blog.
– É um site, não é um blog.
– Igual ao da Megazine?
– Lá era um blog, agora é um site, onde eu vou estagiar, com carteira assinada.
– Ah, é um emprego? E o que você vai fazer?
– Não, é um estágio. Vou escrever, fazer matérias para lá.
– Ah, então eu vou entrar agora.
– Pera, eu ainda não comecei a estagiar. Ainda preciso conversar com o meu chefe.
– Tá, depois me avisa para eu ler.
(...)
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