domingo, outubro 09, 2011

Luta contra intolerância anima famílias e turistas em Parada LGBT, no Rio

Famílias e turistas também se juntaram ao colorido e ao embalo das músicas pop da 16ª Parada LGBT, neste domingo (9), na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A pouco mais de um quilômetro da Rua Farme de Amoedo, em Ipanema, na cidade eleita o melhor destino gay do mundo, a presença exclusiva de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais fica de lado.

No meio da multidão, estimada em 700 mil pela Polícia Militar, a família Kim parecia perdida. O casal suíço Rodolfo e Gabriela Kim esclarece que não sabia da Parada Gay. Acompanhada dos filhos Alec, de 14 anos, Simon, de 14, e Rafael, de 12, a família segue a amiga brasileira, Ana, rumo ao hotel em que estão hospedados, mas contentes com a alegria das pessoas.
















Também do exterior, mas da Austrália, as amigas Rebeca Brain, de 30 anos, e Rebeca Joins, de 28, riem e curtem o momento de descontração na Praia de Copacabana. No destino da viagem de
oito semanas à América do Sul, que ainda inclui Argentina, Bolívia, Chile e Equador, elas destacam a energia dos cariocas. Elas lembram que, na Austrália, o mais próximo à parada é The Margie Giar, que não frequentam.















Sem blusa e de peitoral raspado à la The Week, os primos Thiago Gomes, de 24 anos, Marcos Antonio dos Santos, de 22, e Oliver Sousa, de 19, seguravam pelos braços as meninas que passavam. “Sou hétero e contra o preconceito”, argumenta Marcos Antonio. Ele perde, porém, em número de conquistas para Oliver. “Peguei seis”, afirma o caçula, o dobro de Marco Antonio e Thiago. Frequentadores da Boate Six Club, na Lapa, saíram às 13h de casa, em Petrópolis, pagam R$ 50 numa garrafa de tequila, também bebem cerveja, não têm hora para voltar e esclarecem por que as motos ficaram estacionadas na garagem:

– Direção e bebida não combinam.















Kelly Santos, de 35 anos, tem o costume de ir à parada e, desta vez, trouxe a família toda. Enquanto a filha de 1 ano, Beatriz, dorme em seu colo, ela conta que o marido não vê problema algum na atitude. A filha mais velha de Kelly, Marcele, de 20 anos, ajudava a cuidar da prima Luane, de 9, filha de Andresa, também na parada. Prima e vizinha de lésbicas, ela justifica a luta contra a homofobia:

– Você não tem que apontar para uma pessoa por causa de orientação sexual; nem cor nem nada.