quarta-feira, julho 22, 2009

O perfil dos jornalistas






Aos 14 anos, eu percebi que seguiria a carreira de jornalista. Mas afinal que tipo de pessoa os jornalistas são? Uma das perguntas mais persistentes, já que um dia eu serei um deles. Eu terei a mesma rotina que eles têm e provavelmente terei um perfil similar ao deles – já que eu conviverei boa parte dos meus dias com eles. Assim como os políticos e os advogados, a maioria dos jornalistas não é bem vista pela sociedade. Um exemplo de responsável por essa imagem é o Perez Hilton - uma pessoa que eu não gostaria de ser, conhecer ou aturar. Hilton é um blogueiro – mas também podemos chamá-lo de repórter independente, já que só há uma diferença: o lugar da onde o dinheiro vem. Se fosse só isso, não teria problema...
M. A. Lavandeira Jr. conquistou a fama julgando as celebridades sem sequer conhecê-las sendo muitas vezes desrespeitoso, preocupando-se somente com o seu umbigo.

Num certo domingo em que eu assistia uma competição de salto de cavalo, cerca de três casais barulhentos estavam reunidos perto das cadeiras em que eu e minha avó estávamos sentadas. Era indispensável observar os casais. Eram mal educados, feios, falavam alto, bebiam muito, enquanto as pessoas ao redor tentavam aprestar atenção nos saltos. Para você ter uma noção: foi necessário que a juíza pedisse no microfone para que o grupo se acalmasse. A única pergunta que não saía da minha cabeça era: o que será que essas pessoas fazem da vida? Pareciam classe média, logo comecei a achar que eles eram jornalistas. Aquela hipótese começou a me atormentar. De repente uma das mulheres, já alterada, pergunta ao marido:

“Mas você não é jornalista? repórter? sei lá o que”


Naquele momento, eu desabei. Por mais que aquele fosse um momento de descontração é inevitável pensar que eu teria que encontrar com aquele tipo de pessoa na redação ou até que eu poderia me tornar uma deles!
Uma experiência mais recente e menos apavorante aconteceu numa palestra na escola. O ex-aluno da EAC formado em jornalismo era mal educado (celular tocou duas vezes e mesmo assim ficou mexendo no celular), não conseguia se expressar verbalmente direito (gaguejava e outros) e o mais importante: ELE TRABALHA NA EMPRESA QUE EU SONHO EM TRABALHAR. Já foi dito acima que os advogados também têm a sua imagem prejudicada, diferentemente do jornalista, o ex-aluno advogado – também formado em engenharia mecânica, era boa pinta, falava muito bem (cômico e espontâneo), apesar de ter até se levantado para falar, não o considerei educado por ter extrapolado no tempo. Por mais que eu tenha esbarrado em jornalistas, cujos perfis não me agradam, prefiro pensar que eles são minoria. De qualquer forma já conheço um lugar onde não há esse tipo de gente e lá eu sei que estarei salva.