terça-feira, novembro 17, 2009

Uma pessoa amarga

O ratinho Diddl, uma lembrança triste

Se tem um tipo de pessoa com quem eu não consigo lidar é gente fria. A minha irmã, mais do que qualquer pessoa que eu já conheci, tem o coração de pedra. Não faço ideia da onde ela trouxe isso! Nenhuma emoção, nenhum dedinho para tentar ajudar os outros, nenhuma lágrima caindo pelo/a amigo/família, ou mesmo, algum tipo de preocupação. Talvez, como minha mãe e eu somos super emotivas (choramos por tudo e por todos), eu esperava algo maior por parte dela...

Um simples exemplo – que me motivou a escrever hoje – é: Ela esteve doente nesses dias. Mostrei-me preocupada de manhã e, no começo da tarde, mandei um SMS querendo saber da dor de cabeça. Em casa, fiz um mero pedido a ela - deitada na cama conectada no Orkut - que recusou-se a imprimir uma folha de literatura que eu havia enviado via e-mail. Oras, mas por que eu não levei o meu laptop à impressora? Meu note está com problemas há uma semana. Se desconectado da tomada, ele desliga na hora. Ou seja, eu teria que desligá-lo, ligá-lo, imprimir o documento, desligá-lo e ligá-lo novamente! Menos 15 minutos para uma estudante que está estudando para a prova de amanhã, e outra na quinta.

Isso me fez voltar ao tempo, começo de julho deste ano. Eu estava doente, logo faltei o colégio. Ac foi super fofa comigo no celular, porém, dentro de casa, ela virou outra pessoa. Foi para o quarto dormir, mal deu um “oi” e, quando acordou, me ignorou. Segundo mamãe, aquilo não passou de uma desculpa para voltar à casa mais cedo. Fiquei decepcionada. Mais nova, um dia desenhei um Diddl para ela, escrevi que adorava a minha irmãzinha e tal. Na primeira briga que a gente teve, ela rasgou o desenho e fez questão de mostrá-lo daquela forma para mim. Eu fiquei indignada. Fiquei mais revoltada do que eu já estava pelo motivo da briga.

Algo mais recente: Minha avó quebrou o braço, Ac não deu a mínima. Mal conversa com nosso pai e só o encontra quando é obrigada. O namorado de 8 meses é a única pessoa que ela parece realmente sentir alguma coisa. Porque pela família, eu apostaria que ela não sente nada. Tenho medo dela. Com 7 passos ela chega ao meu quarto e só Deus sabe o que ela pode fazer. Uma certeza eu tenho: nela, eu não confio.