terça-feira, setembro 29, 2009

Sufocados pelos impostos

Arte: agcc

Não é novidade que o governo está tentando taxar as cadernetas de poupanças dos brasileiros com mais de R$50 mil em 22,5 % ao ano. Se o plano der certo, cerca de HUM BILHÃO de reais por ano será a quantia que o governo arrecadará. Os aposentados têm preferência pela poupança, afinal é o investimento mais seguro. Nessa etapa da vida não é recomendável arriscar as economias, já que, talvez, eles não tenham chance de reconquistar o dinheiro e passem por apertos. Ao ler o jornal O GLOBO de hoje, 29 de setembro, eu fiquei feliz com uma possível derrota agora que a base aliada uniu-se à oposição na pressão no governo para desistir da tal proposta.

A poupança rende quase nada, quem só viveu a era do Real – eu sou uma delas - não conhece a loucura que era a economia brasileira antes do plano. A poupança rendia mais, muito mais. Independentemente do rendimento, mamãe sempre me ensinou: dinheiro na carteira não dá filhotes. Eu nunca deixei as minhas semanadas acumularem, pedia correndo para mamãe depositar na poupança. Além dos filhotes, mamãe também me ensinou a pensar na poupança como uma medida emergencial para quando eu fosse maior. Se, hoje, eu sou uma pessoa econômica, diferentemente dos jovens da minha faixa etária, boa parte da minha educação financeira deve-se aos meus pais.


Como se não bastasse a quantidade de impostos embutidos nas mercadorias, o leão, aquele aumento inesquecível do IOF e CSLL sobre as instituições financeiras, no primeiro dia útil de 2008, para compensar a CPMF. Agora querem ressuscitar a CPMF com o nome de CSS. Poupe-me! Nós, cidadãos, não vemos o nosso dinheiro, ou seja, o dinheiro público indo para onde ele deveria. Por que o governo se sente no poder de tomar mais? Eu sou a única imbecil e ignorante que não gosta de ver o dinheiro suado indo para bolsos de preguiçosos ou contas no exterior?

Se as leis estão aí, é para segui-las. Por mais que eu discorde de uma lei, eu não tenho o direito de desobedecê-la ou ignorá-la. Mesmo que eu quisesse, a minha consciência e os meus valores não permitiriam. E é por isso que eu estou aqui lutando pelos meus interesses e evitando que essa estória passe em branco.
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Editado:
Ruth escreveu um excelente artigo sobre o tema. Leia aqui. Abs
19 out 2009